Carros

25/03/2025 09:15:00

Design sustentável: como a Nissan impulsiona o desenvolvimento de seus veículos com uma visão de inovação e impacto

Chris Reed, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento na Nissan Américas, compartilhou o passo a passo do desenvolvimento dos veículos da empresa, com uma visão ampla do processo e a importância da sustentabilidade em cada etapa.

AMÉRICA LATINA – Durante a Nissan LATAM Sustainability Week, a Masterclass “Muito além do estilo: tendências em design sustentável” foi o cenário perfeito para que Chris Reed, vice-presidente sênior de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na Nissan Américas, abrisse as portas do minucioso processo de criação de um veículo, aprofundando sobre o design sustentável em cada fase do desenvolvimento.

Quais tecnologias emergentes estão transformando o foco sustentável no design de produtos, e como uma equipe de design pode antecipar e integrar as expectativas de sustentabilidade dos consumidores na experiência do produto foram alguns dos destaques da masterclass.

"Na Nissan, gostamos de pensar em sustentabilidade como a dinâmica de um esporte de equipe. Isso porque nunca trabalhamos de forma isolada, somos parte de um todo maior e trabalhamos em conjunto para atingir a sustentabilidade integral de todas as nossas operações. Por isso, preferimos pensar em nós mesmos como um ecossistema que inclui P&D, manufatura e toda a cadeia de fornecimento. Esta visão integrativa tem um papel-chave para atingir objetivos concretos, como reduzir as emissões de CO2 durante a produção", definiu Chris Reed.

Moderada por Florencia Storch, gerente sênior de Comunicação Corporativa da Nissan América Latina, o conteúdo completo da masterclass está disponível no link:

https://brazil.nissannews.com/pt-BR/videos/streamTranscode.mp4?id=video-59539a41fc0268a82f578d4ee119dd3a&transcode=pt-BR_h264_aac_854x480

A Nissan integra a sustentabilidade no design desde o inicio do processo, buscando manter um alto rendimento e eficiência, tendo sempre como foco o cuidado com o meio ambiente. Um dos caminhos escolhidos é a otimização no uso de materiais, levando a uma redução no peso total do veículo e permitindo maior eficiência de combustível. “Sempre que possível, utilizamos materiais com menor pegada de carbono, como o aço fabricado com forno elétrico a arco (EAF) ou o alumínio ecológico, ao mesmo tempo garantindo que a qualidade não seja comprometida. O equilíbrio é obtido por meio da evolução contínua dos nossos processos em conjunto com nossos fornecedores parceiros, priorizando alternativas sustentáveis de última geração”, comentou o executivo.

Um claro exemplo é o esforço para aumentar o uso de alumínio de 9% para 37%, o que permite uma redução de 28% no peso e diminuição de 35% no consumo de energia. Os impactos mais significativos normalmente acontecem nos bastidores da cadeia de suprimentos, principalmente em relação às matérias-primas.

“Um dos aspectos-chave do nosso trabalho é garantir que nossos produtos sejam projetados para a sustentabilidade a partir do zero.

Isso significa utilizar os recursos de forma eficiente na produção em série, não apenas dentro das próprias plantas da Nissan, mas em toda nossa cadeia de fornecimento. Também estamos analisando cada vez mais como impactar ao final da vida útil do veículo, para que materiais valiosos como baterias e alumínio sejam recuperados e convertidos em carros novos. Este é o principal objetivo: uma economia circular,” definiu Reed.

Neste aspecto, a Nissan implementa processos de reciclagem energeticamente eficientes para produzir materiais para peças novas de automóveis. A empresa japonesa também está explorando o uso de biocombustíveis como o etanol em células de combustível de óxido sólido (SOFC, na sigla em inglês), para reduzir as emissões de carbono em seus processos de fabricação e operações diárias. Além disso, algumas plantas utilizam processos de pintura à baixa temperatura, para obter economias de energia.

Iniciativas nas operações da Nissan na América Latina

Na América Latina, a marca aumentou o uso de energia renovável por meio de contratos de energia limpa. A fábrica Nissan Aguascalientes A1 se tornou a primeira planta automotiva no México a utilizar biogás gerado a partir de resíduos sólidos municipais em 2011, enquanto que a energia eólica foi integrada em suas operações a partir de 2012. Além disso, as plantas de pintura na região contam com um design compacto, com cabines de pulverização com tecnologia à base de água (processo 3-Wet), o que permite reduzir as emissões de compostos orgânicos voláteis e o consumo de gás natural.

Da mesma forma, a montadora tem explorado materiais têxteis derivados de plantas e alternativas de couro ecológico, como materiais produzidos a partir de óleo de cactos cultivados e processados localmente no México. Além de melhorar a sustentabilidade, estas inovações criam uma conexão tangível entre os clientes e as escolhas responsáveis integradas nos veículos da Nissan. Entretanto, a sustentabilidade não é apenas sobre introduzir novos materiais, mas assegurar que seu impacto em todo o ciclo de vida seja realmente benéfico.

Visão integrada

Estes processos são estudados e implementados há mais de 20 anos na Nissan e seu progresso e ambição podem pontualmente ser refletidos no Nissan Green Program (NGP), pilar que busca reduzir o impacto ambiental global e otimizar o uso de recursos.

Em sua visão de longo prazo denominada “Nissan Ambition 2030”, a empresa aborda as diferentes áreas, incluindo a redução nas emissões de carbono, a transição para energias renováveis e a gestão eficiente da água. A isso se acrescenta o uso de materiais reciclados e sustentáveis, a melhoria da qualidade do ar, o compromisso com veículos mais seguros e a redução de acidentes.

Além disso, a empresa promove o desenvolvimento e bem-estar social, bem como a diversidade, equidade e inclusão em seus espaços de trabalho.

“A sustentabilidade na indústria automotiva não é apenas uma tendência: é uma responsabilidade compartilhada que exige trabalho em equipe, inovação e compromisso contínuo. Na Nissan, reconhecemos que cada passo adiante importa e as decisões que tomamos hoje vão moldar o futuro da mobilidade”, concluiu Reed.