30/12/2024 08:00:00

G4 fatura R$ 315 mi no ano e alcança R$ 30 mi em participações de private equity

No cargo de CEO desde setembro, Maria Isabel Antonini agora tem o desafio de triplicar o tamanho do G4 Capital, braço de private equity do grupo

G4 fatura R$ 315 mi no ano e alcança R$ 30 mi em participações de private equity - Notícias - Mato Grosso digital

Na tarde da  quinta-feira (19), a liderança do G4 Educação corria contra o tempo para fechar as contas de 2024 com alguns dias de antecedência – e curtir a festa da firma que estava marcada para sexta-feira (20). O clima de fim de ano, no entanto, parava por aí. A perspectiva das várias equipes da edtech, uma das líderes no mercado de educação para empreendedores, era aproveitar até mesmo as últimas semanas do ano para vender.

 

“Nosso cliente é dono de empresa. Ele não tira férias, está sempre pensando no seu negócio”, diz Maria Isabel Antonini, CEO da empresa.

 

O G4 faturou R$ 315 milhões no ano, um crescimento de mais de 50% frente a 2023. É uma receita que vem da tríade que compõe seu ecossistema de soluções: educação, com cursos e imersões; comunidades, com clubes de negócios e networking; além de softwares e ferramentas.

 

O público-alvo é sempre o empreendedor. Nos cinco anos desde que o G4 foi fundado, mais de 55 mil deles passaram por algum dos serviços como clientes pagantes – sempre almejando encontrar soluções práticas e rápidas aos desafios que se impõem para quem decide ter o próprio negócio no Brasil.

 

“Se o ambiente de negócios no Brasil não é dos melhores, atuamos no que está no nosso controle. Vendemos solução, em vez de choramingar sobre os problemas”, diz Tallis Gomes, presidente do conselho do G4 Educação.

 

Ele comenta que, na média, as empresas que participam dos programas da edtech crescem 122% mais do que seus competidores locais em um período de um ano. “Conectamos pessoas certas no momento certo, e ajudamos a renovar a ambição dos empreendedores”.

 

Empreendedores seriais

Gomes é um dos fundadores do G4, assim como Alfredo Soares e Bruno Nardon. Todos têm história no ecossistema brasileiro de startups – Gomes na Easy Taxi e na Singu, Soares na VTEX, Nardon na Rappi.

 

Como é usual nesse ambiente, estão sempre em busca de novas ideias, conexões e chances de revolucionar mercados. Por isso, além de atingir uma meta ambiciosa de crescimento na edtech, outro feito do grupo nesse ano foi criar sua própria iniciativa de private equity, batizada G4 Capital.

 

Ao longo de 2024, a carteira do fundo alcançou cerca de R$ 30 milhões em participações em empresas interessadas em trocar parte do seu capital por acesso à comunidade que orbita em torno do G4 Educação – um modelo que Gomes chama de community for equity.

 

O fluxo tradicional de investimentos é precedido por uma parceria que funciona como uma espécie de “teste” – da solução e do próprio empreendedor candidato a entrar no G4 Capital.

 

“O founder participa de um evento nosso, por exemplo, quando testamos a didática dele e o interesse da comunidade pela sua solução. Havendo fit, fazemos due dilligence e proposta, transformando o empreendedor em professor do G4 Educação, com chance de oferecer seu serviço aos nossos alunos”, explica Gomes.

 

Nos casos em que o encaixe é perfeito, o fundo ainda pode fazer aportes adicionais em dinheiro, com o objetivo de acelerar o crescimento do empreendedor. Um exemplo recente é da Nalk, plataforma de inteligência de dados para vendas e marketing – que firmou parceria com o G4 em junho e agora recebeu um aporte de R$ 1,5 milhão. A startup, que faturou cerca de R$ 3 milhões em 2024, prevê quadruplicar o valor no próximo ano – uma meta ancorada na perspectiva de atender 10% dos alunos da edtech.

 

Nova gestão

“O G4 é mais do que uma escola de negócios. Somos um movimento que transforma a forma como as empresas brasileiras crescem e se desenvolvem”, diz Maria Isabel. Ela assumiu a cadeira de CEO em setembro, em função da repercussão negativa para a empresa de um comentário de Gomes considerado machista nas redes sociais.

 

“A ideia já era que Misa [como Maria Isabel é chamada] se tornasse CEO, mas em 2027. Foi prudente dar uma resposta, pois a situação incomodou nossos clientes e mentores”, conta Gomes, que então era o CEO da companhia.

 

A executiva conta que, na prática, sua rotina mudou pouco – ela já era CFO (diretora financeira) da empresa há dois anos, sempre muito envolvida com o planejamento estratégico e as atividades da gestão.

 

Para 2025, alguns dos desafios mais relevantes para o G4 estarão em suas mãos – entre eles atingir um portfólio de R$ 90 milhões em participações no G4 Capital, triplicando seu tamanho atual.

 

 

 

 

Foto: Divulgação

Por: Mariana Segala/InfoMoney

 

 

 

 

 

 

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