20/03/2025 12:41:00
Ovos e café puxam alta da cesta básica em fevereiro, diz AbrasMercado
Em fevereiro, o preço médio da cesta básica de 35 produtos de largo consumo subiu 0,73%, ante janeiro, segundo o AbrasMercado

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou, nesta quinta-feira (20/3), que as altas nos preços dos ovos e do café torrado e moído puxaram o aumento do valor da cesta básica de alimentos no Brasil.
Em fevereiro, o preço médio da cesta de 35 produtos de largo consumo subiu 0,73%, ante janeiro. Segundo o AbrasMercado — indicador que mede a variação de preços nos supermercados —, o valor da cesta básica passou de R$ 800,75 para R$ 806,61 (na média nacional).
No mês passado, o café torrado avançou 10,77% e os ovos, 15,39%.
Inflação em fevereiro
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Os preços de bens e serviços do país subiram 1,31% em fevereiro, maior taxa para o mês desde 2003.
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A guinada da inflação em fevereiro foi influenciada pelo aumento de 16,80% na energia elétrica residencial. Isso ocorreu devido ao fim do Bônus de Itaipu — desconto aplicado nas contas de luz.
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O segundo grande “puxador” do avanço do IPCA em fevereiro foi a educação, que subiu 4,7% graças ao início do ano letivo, representando impacto de 0,28 ponto percentual.
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A meta da inflação para 2025 é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual com variação para cima e para baixo — isto é, com teto de 4,5% e piso de 1,5%.
O preço da cesta básica de alimentos básicos, com 12 produtos, avançou 0,70% em fevereiro. A cesta básica aumentou de R$ 345,56 para R$ 347,99, na média nacional.
Entre 5 de março e 17 de março, os valores de sete produtos da cesta básica com oito alimentos caíram. Do outro lado da balança, quatro itens da básicos registraram aumentos.
Quedas:
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Feijão:-5%
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Açúcar refinado:-5%
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Massa sêmola espaguete: -3%
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Óleo de soja: -2%
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Margarina cremosa: -2%
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Queijo muçarela: -2%
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Leite longa vida: -1,5%
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Arroz: -1%
Altas:
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Carne bovina – corte dianteiro: +3%
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Farinha de trigo: +2%
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Café torrado e moído: 2%
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Farinha de mandioca: 1%
Consumo nos lares brasileiros
Segundo a Abras, o consumo nos lares brasileiros recuou 4,25% em fevereiro na comparação com janeiro. No bimestre, o consumo tem alta acumulada de 2,24%. Em relação a fevereiro do ano passado, ele cresceu 2,5%.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, explicou que a queda do consumo das famílias brasileiras em fevereiro foi um “movimento típico e sazonal”. “Já era esperado esse recuo”, frisou.
A associação ressaltou que nos dois primeiros meses do ano, o orçamento familiar é pressionado por despesas obrigatórias. Com isso, é priorizado os gastos fixos e, consequentemente, o consumo cai no período.
“Apesar desse recuo pontual em fevereiro, o crescimento anual reflete fatores como o reajuste do salário-mínimo, recursos dos programas de transferência de renda e melhora do mercado de trabalho”, analisou Milan.
Para a Abras, a tendência do consumo nos lares para os próximos meses é de “recuperação” a partir de março. “A pressão inflacionária persiste, mas esses estímulos devem contribuir para o poder de compra das famílias”.
Isenção de importações tem impacto a médio prazo
Ao ser questionado sobre a medida do governo federal de isentar o imposto de importação (II) de 11 alimentos, Milan ressaltou que a ação pode ajudar na redução dos preços para o consumidor.
No entanto, o vice-presidente lembrou que trata-se de uma medida de médio prazo e não de curto prazo. Segundo ele, “as empresas não estavam preparadas para fazer esse tipo de negociação ou esse tipo de importação”.
Milan estima que, caso as empresas tenham iniciado esse processo de comprar produtos com imposto de importação zerado, o impacto do barateamento dos preços levará, no mínimo, 60 dias.
“[São] dois meses para que essa operação toda seja finalizada e internalizada, para que os consumidores possam se beneficiar com isso”, completou ele.
Produtos que terão imposto zero
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Carnes desossadas de bovinos, congeladas (passou de 10,8% a 0%)
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Café torrado, não descafeinado – exceto café acondicionado em cápsulas (passou de 9% a 0%)
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Café não torrado, não descafeinado, em grão (passou de 9% a 0%)
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Milho em grão, exceto para semeadura (passou de 7,2% a 0%)
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Outras massas alimentícias, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo (passou de 14,4% a 0%)
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Bolachas e biscoitos (passou de 16,2% a 0%)
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Azeite de oliva (oliveira) extravirgem (passou de 9% a 0%)
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Óleo de girassol (passou de 9% a 0%)
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Outros açúcares de cana (passou de 14,4% a 0%)
Em relação à sardinha, a alíquota foi zerada dentro de uma cota de 7,5 mil toneladas. Também foi decidido aumentar a cota do óleo de palma. A tarifa já é zero e só aumentou a cota de 60 mil toneladas para 150 mil toneladas, pelo prazo de 12 meses.
O governo federal trata a isenção do imposto de importação, para baratear os alimentos, como uma medida de caráter “emergencial”. Além disso, a tarifa zero deve ficar em vigor “por tempo indeterminado”.
Foto: Pexels
Por: Mariana Andrade / Metrópoles
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