Compradores freiam alta do milho no Brasil

Os compradores de milho no Brasil estão resistindo a acompanhar os preços internos, como aponta a TF Agroeconômica. Esse comportamento é refletido pela queda nos prêmios de exportação em Paranaguá, sugerindo que parte da demanda está se direcionando para o mercado norte-americano, em detrimento das ofertas brasileiras. Além disso, os custos de reposição do milho no Brasil seguem acima dos níveis FOB, o que dificulta o avanço do programa de exportação. Esse cenário é semelhante aos períodos em que o país enfrentou quebras de safra, afetando a competitividade no mercado internacional.

Em Paranaguá, os prêmios de milho apresentam variações importantes entre os meses. Para novembro, as vendas estão em 135 pontos, enquanto as compras permanecem indefinidas. Em dezembro, a oferta de compra subiu para 130 pontos, mas em janeiro caiu para 108, uma redução de 9 pontos em relação ao valor anterior. Já para julho e agosto, os prêmios de compra mantiveram-se estáveis em 70 pontos, com as vendas em 95 pontos, mostrando um equilíbrio momentâneo.

No mercado internacional, a China registrou o sexto dia consecutivo de queda nas cotações do milho para novembro, enquanto o preço do amido de milho apresentou alta. No setor de proteínas, o preço dos suínos subiu pelo segundo dia consecutivo para novembro. Na Argentina, a oferta de milho com entrega contratual avançou para 182 mil pesos por tonelada, um aumento de 2 mil pesos em relação ao dia anterior. O preço no MATBA oscilou para US$ 189,60 por tonelada para abril, contrastando com os valores anteriores.

Essa dinâmica reflete os desafios atuais no mercado global e como fatores externos, como a demanda chinesa e a competitividade norte-americana, afetam diretamente os preços e os prêmios de exportação brasileiros.

Foto: Divulgação

Por: Agrolink