16/08/2024 08:10:00

Marca de tênis que conquistou a Faria Lima busca “furar bolha” do mercado financeiro

Yuool, de calçados sustentáveis, se alia a Disney, Kobra e Rock in Rio; meta é faturar 40% a mais em 2024

Marca de tênis que conquistou a Faria Lima busca “furar bolha” do mercado financeiro - Notícias - Mato Grosso digital

Popular entre o público do mercado financeiro, a marca de calçados Yuool planeja parcerias com grandes marcas para tornar seus produtos mais conhecidos para além do segmento. Famosa por estar nos pés dos chamados “Faria Limers“, a marca gaúcha fundada em 2017 planeja elevar o faturamento em 40% em 2024.

 

Na época de sua fundação, a marca tinha apelo sustentável dos produtos feitos com uma lã Merino, produzida a partir de ovelhas criadas na América do Sul e tecida na Itália. A Yuool ganhou destaque entre o público da Faria Lima ao receber encomendas de tênis personalizados de empresas como XP Investimentos, Banco Inter, e o banco de investimentos norte-americano Canaccord.

 

Edições limitadas

Agora, a marca busca “furar a bolha” do mercado financeiro e mostrar uma pegada mais ampla para atrair consumidores de outros nichos. Para isso, aposta em parcerias com empresas como Disney, o artista Kobra, o evento Rock in Rio e a mais recente com a marca de cafés The Coffee, em uma iniciativa para o Dia dos Pais.

 

Eduardo Rocha Abichequer, CEO Yuool: modelo de negócio entrega margem. Crédito: Divulgação

 

“As collabs [parcerias] estão entre nossas principais estratégias de crescimento. Gostamos de contar histórias com propósito comum. É um modelo de negócio que entrega alto resultado e margem”, defende Eduardo Rocha Abichequer, CEO Yuool. “Além de atingirmos awareness [percepção sobre a marca] e um público que antes não alcançávamos, esses projetos ajudam a marca a trazer um produto novo e limitado para nosso próprio público, que hoje soma mais de 220 mil pessoas”.

 

No ano passado, a marca foi a responsável no país pelo tênis oficial dos 100 anos da Disney, que vendeu 10 mil unidades. Já o modelo do artista Kobra rendeu 4 mil pares, mesmo número previsto para a coleção do Rock in Rio. “Trabalhamos com coleções exclusivas, pois costumo dizer que quem compra um tênis nosso compra o primeiro Yuool”, diz o executivo, referindo-se a taxa de recompra de 41%.

 

Busca por margem

Na avaliação do CEO, a marca está pronta para dar saltos maiores. “Em 2023, a busca era por margem e isso aconteceu. Registramos 63% de ganho e agora vivemos um momento bom para avançar”, diz o executivo, explicando que a marca tem faturamento próximo aos R$ 30 milhões.

 

Edição comemorativa dos 40 anos do Rock in Rio. Crédito: Divulgação

 

Para alcançar o resultado e melhorar o caixa, a Yuool fez uma intensa negociação com os fornecedores com o aumento do volume de vendas. A cadeia de fornecedores segue na Europa e México, mas a maior parte está no Brasil, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais. “Sabemos que há uma avenida grande de mercado e ainda estamos muito pequenos. Podemos ser muito maiores. O desafio é o capital, pois trabalhamos com caixa próprio”, explica.

 

Justamente para alcançar resultados mais expressivos, a marca pretende priorizar o desenvolvimento de novos produtos, que levam até três anos, e sempre contam com a sustentabilidade em foco. “Acreditamos que ser sustentável é o mínimo. Focamos na resolução de problemas para os nossos clientes, que chamamos de persona, e buscamos soluções das demandas fazendo calçados confortáveis, versáteis, com design moderno e menos desperdício”, explica Abichequer. A marca trabalha com modelos sem definição de perfil masculino ou feminino, em numerações que vão do tamanho 33 ao 45 e não descarta a entrada no segmento infantil.

 

Eduardo Rocha Abichequer, CEO Yuool: modelo de negócio entrega margem. Crédito: Divulgação

 

Como uma das principais DNVBs (Digitally Native Vertical Brand) do país, 70% das vendas da Yuool são feitas pelo site da marca, que também comercializa na Europa e Estados Unidos. Além disso, há quatro lojas físicas e a previsão de duas aberturas até o final do ano. “Apostamos em lojas temporárias, que são operações saudáveis. Nossa ideia não é sair abrindo muitas unidades, justamente por conta do capital. Queremos manter um fluxo de caixa saudável e preservar nossos diferenciais, que incluem preços mais competitivos”, finaliza.

 

 

 

 

Por: Michele Loureiro/InfoMoney

 

 

 

 

 

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